'Mesmo que eu não conhecesse ele, eu ficaria indignada', disse Regina.
Dançarino DG foi encontrado morto em favela da Zona Sul do Rio.
"Se fosse uma pessoa que eu nunca vi na vida, que eu não conhecesse, eu ficaria chocada de qualquer maneira", disse a apresentadora, muito emocionada. "Era um excelente profissional, todas as crianças amam, muito criativo."
Um grupo formado por mais de cem pessoas, liderado por dezenas de motociclistas, protestava na porta do cemitério contra a política de pacificação no Rio. DG, dançarino do programa de Regina na TV Globo, foi encontrado morto na terça (22) em uma creche do Morro Pavão-Pavãozinho, favela pacificada, também na Zona Sul. O velório do dançarino começou na quarta-feira (23).
A mãe de DG, Maria de Fátima Silva, disse que não gostaria da presença de policiais no enterro de seu filho. "Eu não quero eles aqui. Aqui estão os amigos do meu filho, que vieram se despedir dele. Não tem bandido aqui. Eles não têm que estar aqui", dizia ela ao perceber a intensa movimentação policial que se formou após a chegada do grupo que saiu a pé da comunidade Pavão-Pavãozinho para protestar. Durante toda a manhã não havia policiamento nos arredores do cemitério.
Douglas Rafael fazia parte do Bonde da Madrugada, do programa "Esquenta!". Em nota, a apresentadora Regina Casé lamentou a morte e pediu que o crime seja esclarecido.
"Eu estou arrasada e toda a família Esquenta está devastada com essa notícia terrível. Uma tristeza imensa me provoca a morte do DG, um garoto alegre, esforçado, com vontade imensa de crescer. O que dizer num momento desses? Lamentar claro essa violência toda que só produz tragédias assim. Que só leva insegurança às populações mais pobres do país. Agora, é impossível saber exatamente o que houve. Mas é preciso que a Polícia esclareça essa morte, ouvindo todos, buscando a verdade. A verdade, seja ela qual for, não porá fim à tristeza. Mas é o único consolo", disse.
(Foto: Káthia Mello / G1)
Reforço
O policiamento continuava reforçado na manhã desta quinta-feira nas proximidades do Morro Pavão-Pavãozinho, após o protesto violento da terça (22), quando foi achado o corpo do dançarino.


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